Duas unidades de ensino são transformadas em escolas indígenas

Duas unidades de ensino são transformadas em escolas indígenas

Comunidade de Lagoa de Tapará passa a ter o primeiro CEMEI Indígena do RN.

Por meio dos Decretos Municipais 1.444 e 1.445, publicados no último mês de outubro, a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN transformou a Escola Municipal Georgina Altina Viana, em Lagoa de Tapará; e a Escola Municipal Isabel da Silveira, de Ladeira Grande, em unidades de ensino indígenas. A transformação para Escolas Indígenas leva em conta o dever do poder público de manter e promover a cultura dos povos indígenas.

Com isso, a comunidade de berço Indígena de Lagoa de Tapará conta com o primeiro CEMEI com educação escolar indígena do Rio Grande do Norte. Já a escola de Ladeira Grande, atenderá as crianças e adolescentes do Ensino Fundamental I.

“É o nosso reconhecimento como povos originários, indígenas do povo Tapuia Tarairiú, da Lagoa do Tapará. O CEMEI Indígena é uma conquista de muito tempo. É gratificante saber que está sendo um passo dado na realização de um sonho antigo. Com ele, a nossa cultura cada vez mais se fortifica. Futuramente, mesmo quando nós não estivermos aqui, temos a certeza de termos contribuído para que a nossa história, a nossa cultura, se mantivesse viva por muitos e longos tempos. A vida dos povos indígenas importam”, disse Zuleide Bezerra, professora indígena do CEMEI Georgina Altina Viana.

A partir desses decretos, os projetos pedagógicos das unidades escolares agora passam a priorizar o reconhecimento e respeito à diversidade étnica, cultural e linguísticas das comunidades indígenas; a valorização dos conhecimentos e saberes tradicionais; valorização e fortalecimento das culturas indígenas e a diversidade de concepções de ensino e aprendizagem.

“É a materialização de uma ação planejada para a realização de um sonho dos povos de Lagoa de Tapará e Ladeira Grande, que foi prontamente atendida pelo Poder Executivo. Nossos esforços se voltam agora para as demais atividades que são necessárias para manter a história desses povos originários”, lembrou Othon Militão, secretário municipal de Educação.

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