Os principais sintomas da doença são dores no peito, tosse persistente, perda de peso, febre e diminuição do apetite
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, embora também possa acometer outras partes do corpo, como ossos e rins. Os principais sintomas da doença são dores no peito, tosse persistente, perda de peso não-intencional, febre e perda de apetite. O tratamento de um paciente com a doença leva, em média, seis meses. Para que a pessoa fique curada é necessário seguir todos as recomendações médicas e não abandonar o tratamento.
Os dados mais recentes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), registraram que São Gonçalo do Amarante possui uma taxa de cura de 76,9% dos casos. Os dados são de 2017 e trazem, também, a taxa de abandono do tratamento por parte dos pacientes na cidade. Segundo o Sinan, apenas 2,6% dos pacientes abandonaram o tratamento no ano em questão.
Segundo a enfermeira e coordenadora do programa de combate à tuberculose no município, Camila Araújo, os dados são considerados satisfatórios, mas é necessário que todos os pacientes terminem o tratamento. “O risco de morte para os pacientes que não concluem o tratamento são altos. Além disso, a não cura pode levar a disseminação da doença para outras pessoas”, disse. Camila lembrou ainda que, caso o paciente abandone o tratamento e depois queira retomá-lo, este corre o risco do bacilo se tornar resistente à medicação que é oferecida, o que dificulta o tratamento e pode levar o paciente à óbito.
Em grande parte este abandono está ligado ao analfabetismo, baixa escolaridade, a falta de informação sobre o tratamento, o uso de drogas como álcool e a concomitância com outras doenças.
Um outro fator importante no combate à tuberculose é o chamado contato examinado, quando as pessoas próximas ao doente passam por testes para descobrir se contraíram a doença, uma vez que esta é transmissível. Outro teste importante realizado nos pacientes com tuberculose é o teste de HIV. Isso é feito para que se confirme ou não a presença do vírus no paciente, uma vez que o HIV aumenta em 30 vezes a possibilidade da pessoa contrair tuberculose. Na cidade, esses testes foram realizados em 97,4% dos pacientes.
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