Religiosidade

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O SANTUÁRIO DOS MÁRTIRES DE URUAÇU Localizado na comunidade rural de Uruaçu, o Santuário dos Mártires de Uruaçu conta com o monumento religioso, o te

O SANTUÁRIO DOS MÁRTIRES DE URUAÇU

Localizado na comunidade rural de Uruaçu, o Santuário dos Mártires de Uruaçu conta com o monumento religioso, o templo da devoção do povo são-gonçalense, erguido para homenagear os primeiros mártires brasileiros e padroeiros do Rio Grande do Norte – e que estão em processo de canonização pelo Papa Francisco. O espaço é aberto aos turistas e religiosos, e a cada mês de outubro recebe milhares de fiéis de todas as partes do Rio Grande do Norte e do país que acompanham as celebrações e festividades em homenagem aos Protomártires do Brasil (primeiros mártires do Brasil).

A História

A cultura religiosa de São Gonçalo do Amarante está ligada a figura dos Mártires de Uruaçu que foram dizimados por resistirem às investidas dos holandeses no município. Tudo começou quando os holandeses, também conhecidos como flamengos, tomaram a iniciativa de invadir o nordeste brasileiro para cobrar as dívidas dos portugueses que construíram engenhos com dinheiro emprestado pela Holanda. No município de São Gonçalo do Amarante os holandeses encontram a resistência dos moradores dos engenhos e por isso protagonizaram um morticínio com cenas aterrorizantes.

Em 1945, as vítimas do massacre de Uruaçu foram levadas de sítios e engenhos adjacentes (Utinga, Potengi e Ferreiro Torto) para o Castelo de Keulen (atual Forte dos Reis Magos). Na manhã do dia 3 de outubro do mesmo ano, foram todos levados em uma jangada pelo estuário do rio Potengi para o local destinado ao sacrifício, onde todos foram condenados pelo crime de amor à Pátria. Poucos sobreviveram à chacina, mas os 80 mortos passaram a ser chamados de Bem-Aventurados Mártires de Uruaçu. Entre os fatos mais cruéis desse acontecimento histórico está a morte do camponês Mateus Moreira que teve o coração arrancado pelas costas.

A Homenagem

Em 16 de junho de 1989, em reconhecimento ao feito dos Mártires de Uruaçu, o processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé. Em 21 de dezembro de 1998 o papa João II assinou o decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos. A celebração de Beatificação aconteceu na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 5 de março de 2000. A cerimônia religiosa foi presidida pelo papa João Paulo II. No ano de 2006, por meio de Lei Nº 8.913/2006, foi instituído o dia 3 de outubro como Feriado Estadual, em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu.

O Santuário

O Santuário dos Mártires de Uruaçu está localizado na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante-RN, local receptivo a todos que buscam reafirmar sua fé e conhecer o palco de um grande massacre. O local abrange uma área de dois hectares, doada pela família Veríssimo, proprietária da fazenda. O Monumento aos Mártires foi projetado pelo arquiteto Francisco Soares Junior, tendo capacidade para receber 50 mil peregrinos, podendo ser ampliada de acordo com a expectativa de público. No altar há um painel medindo 30 metros. O Capelão do monumento é o Padre Antônio Murilo de Paiva.

A Festa dos Mártires

A Festa dos Mártires de Uruaçu é realizada todos os anos no mês de outubro, sendo no dia 3 o encerramento das festividades com uma grande celebração ao ar livre, atraindo fiéis e romeiros de todas as partes do Brasil. O evento já reuniu cerca de 100 mil pessoas em shows religiosos, sendo considerada a maior festa religiosa do RN.

O Acesso ao Santuário

Para se chegar até a comunidade de Uruaçu o visitante tem duas opções: seguir na RN 160 cruzando antes a cidade de Macaíba ou seguir na RN 160 passando antes pelo centro de São Gonçalo.

Oração Pela Canonização dos Mártires do Rio Grande do Norte

SENHOR JESUS CRISTO,
O VOSSO SANGUE DERRAMADO NA CRUZ
TORNOU-SE FONTE SAGRADA QUE REGOU O
TESTEMUNHO DOS MÁRTIRES BRASILEIROS,
MORTOS PELA FÉ, NOS PRIMÓRDIOS DE NOSSA EVANGELIZAÇÃO.
FAZEI QUE OS BEM-AVENTURADOS
ANDRÉ DE SOVERAL E AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO,
SACERDOTES, MATEUS MOREIRA E OS 27 LEIGOS,
SEUS COMPANHEIROS, SEJAM RECONHECIDOS
COMO SANTOS PELA IGREJA, PARA A VOSSA MAIOR GLÓRIA
E O FORTALECIMENTO DA NOSSA FÉ.
POR SUA INTERCESSÃO PEDIMOS ESTA GRAÇA…

 

Igrejas Históricas: Relíquias da cidade

IGREJA MATRIZ DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE

A Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante foi construída no mesmo local da antiga capelinha, edificada no início do século XVIII, por iniciativa dos portugueses Paschoal Gomes de Lima e Ambrósio Miguel de Serinhaém.

Em 1719, o padre Simão Rodrigues de Sá, da paróquia de Natal, chegou ao sítio de São Gonçalo do Amarante, onde benzeu a capelinha e celebrou a primeira missa em 2 de fevereiro e, logo depois do almoço, celebrou o casamento de uma filha de Ambrósio Miguel de Serinhaém com o filho de Paschoal Gomes de Lima, sendo este o primeiro casamento celebrado em São Gonçalo do Amarante.

Em 1838, iniciaram-se as obras de ampliação da capelinha, concluída em 1840. O primeiro vigário da nova matriz foi o padre José Monteiro de Lima, permanecendo na paróquia durante 28 anos, até o seu falecimento, ocorrido em 15 de janeiro de 1872. Seus restos mortais foram sepultados na própria matriz.

A matriz de São Gonçalo do Amarante é considerado o monumento histórico mais representativo da cidade, de grande importância arquitetônica, constituindo um raro exemplar da arquitetura barroca no Rio Grande do Norte. Possui altares confeccionados em madeira de excelente qualidade, construído no século XIX por Pantaleão de Oliveira, um artífice nascido em São Gonçalo do Amarante. Um dos altares foi destruído por um incêndio, na noite de 31 de março de 1950, sendo reconstruído em 1957. Em 1963, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

CAPELA DE SANTO ANTÔNIO DO POTENGI

A Capela de Santo Antônio do Potengi foi construída em 1885 (ano que se encontra esculpido na fachada da capela até os dias atuais) e está situada numa região de altitude mais elevada, onde pode ser avistado um breve panorama da zona urbana de São Gonçalo do Amarante.

Segundo uma lenda da cidade, a capela teria sido construída em honra a duas mulheres que descobriram uma imagem de Santo Antônio dentro de uma gruta. Elas teriam levado a imagem para casa, mas a mesma teria sumido e sido reencontrada na mesma gruta em que fora descoberta.

CAPELA DE REGOMOLEIRO

Está localizada no povoado de Rego Moleiro (antigo Rodrigo Moleiro) e sua data de construção é ainda desconhecida, datando do século XVIII.

 

 

CAPELA DE IGREJA NOVA

A Capela de Utinga foi erguida por volta de 1730, segundo documentos oficiais, e é dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No entanto, é possível que a atual capela tenha sido construída no mesmo local da capela anterior, a qual fez referência o historiador Olavo Medeiros Filho, depois de analisar um mapa holandês de 1638.

O documento informava a existência de um engenho e uma capela no povoado de Utinga. A data de 1787 é a mesma que se acha inscrita no frontispício da capela, na verdade, representa provavelmente a época em que o templo sofreu alguma reforma.

A capela de Utinga e duas residências próximas apresentam semelhantes características arquitetônicas do século XVII, o que comprova o período em que ambas foram construídas.

A capela serviu como rota para a ocupação holandesa no século XVIII e, desde 1989, é tombada pela Fundação José Augusto, do Rio Grande do Norte.

Acreditava que a estrada mais antiga do estado, que ligava Baía da Traição, na Paraíba, até Natal, passava pela capela de Utinga. O termo Utinga, na língua indígena, significa água branca.

CAPELA DE UTINGA

É possível que a atual capela tenha sido construída no mesmo local da capela anterior, a qual fez referência o historiador Olavo Medeiros Filho, depois de analisar um mapa holandês de 1638.

O documento informava a existência de um engenho e uma capela no povoado de Utinga. A data de 1787 é a mesma que se acha inscrita no frontispício da capela, na verdade, representa provavelmente a época em que o templo sofreu alguma reforma.

A capela de Utinga e duas residências próximas apresentam semelhantes características arquitetônicas do século XVII, o que comprova o período em que ambas foram construídas.

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